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Foto do escritorLarissa Paiva

COMO A ARQUITETURA ACESSÍVEL PODE CRIA OPORTUNIDADES E MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO



Para começar essa publicação precisamos primeiramente esclarecer o que diferencia a arquitetura pensada de forma acessível, da convencional praticada tradicionalmente dentro dos escritórios. Os princípios da arquitetura partem da relação dos indivíduos com os espaços que eles ocupam, ela precisa ser firme, útil e bela. Isso significa que o espaço que ocupamos precisa garantir nossa segurança física, servir aos nossos propósitos e agradar as nossas necessidade estéticas. Essa ordem foi estabelecida como um tripé sem priorizações, na verdade, como complementares, entretanto com o passar dos anos alguns desses conceitos foram sendo priorizados aos demais. E saímos de uma construção que atendia a nossa rotina, para ter que nos enquadrar nas propostas espaciais que nos eram impostas. A arquitetura por sua vez foi se tornando um artigo de luxo, voltada apenas para um público que possuía recursos suficientes para arcar com os custos de soluções luxuosas e cada vez mais elitistas.


As cidades e as áreas urbanas também acompanharam essa tendência e com o passar dos anos cada vez menos encontrávamos cidades estabelecidas ao redor de grandes praças centrais, onde os empregos e habitações se misturavam, e os trabalhadores que contribuíam com o enriquecimento dos comércios podiam usufruir desses benefícios em seus momentos de lazer. As pessoas foram hostilmente transferidas para locais distantes desses centros e precisam se deslocar por grandes distancias para trabalhar e nos seus dias de lazer estão em áreas sem uma infraestrutura adequada. Não é preciso pensa muito para entender como essas mudanças tem o poder de impactar na qualidade de vida, conforto e nível de oportunidades que as pessoas menos abastadas enfrentam para se desenvolver.


A arquitetura acessível aparece como um olhar para essa população que trabalha para construir espaços de qualidades aos quais ela mesma não tem acesso. E traz conscientização para o ato de morar e em que implica essa necessidade básica do ser humano. E quando analisamos as condições enfrentadas pela maior parte da população do nosso país, podemos enxergar um enorme caminho a percorrer para conseguir partir de uma situação minimamente aceitável, considerando que encontramos diferentes níveis de vulnerabilidade habitacional.


Quando observamos mais afundo é possível destacar algumas características comuns que percorrem por esse cenário, e conseguimos resumi-los em três pontos, falta de dinheiro, de planejamento e de conhecimento técnico. Essas demandas são decorrentes do distanciamento causado a essa população que fechou os olhos do governantes para como, onde e com o que essas pessoas estavam construindo. Em locais inadequados, sem técnicas seguras, resultando em espaços mal dimensionados, sem iluminação e ventilação adequada, com acabamentos improvisados e inacabados por falta de planejamento e/ou conhecimento financeiro. Portanto, é fundamental a aproximação de técnicos que considerem essa realidade em suas propostas de um serviço visando tanto o lado educativo, como de apoio técnico e financeiro, para que consigamos igualar as necessidades e seguir para propostas de oportunidades urbanas nessas regiões. Afinal, uma vida melhor começa dentro de casa.

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